quinta-feira, 17 de outubro de 2024

4° Bimestre - Unidade I - Tópico III - A economia açucareira

 

4° BIMESTRE – UNIDADE I – TÓPICO III – A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI-XVIII)

Foto de quatro mulheres extraindo e transportando cana de açúcar. Índia, 2024. Além de ser usado para produzir o açúcar que ainda consumimos hoje, a cana de açúcar também serve para produzir o combustível etanol.

O ciclo do açúcar

- Perdendo espaço no comércio com as Índias e com a queda da produtividade do pau-brasil, Portugal procurava novos caminhos de enriquecimento.

- Os portugueses já tinham experiência com o plantio de cana de açúcar nas ilhas de Madeira e Açores.

- Ao longo do século XVI, o plantio de cana em grandes monoculturas se tornaria a atividade principal da economia brasileira. O açúcar era um produto de muito valor, e praticamente só era produzido pelos portugueses nos primeiros séculos da colonização.

monocultura: o cultivo de apenas um tipo de planta ou animal, geralmente em grandes propriedades (latifúndio).

- A região em que a economia açucareira mais encontrou sucesso foi o Nordeste, especialmente a capitania de Pernambuco.

Um dos principais motivos desse sucesso foi o solo de massapê, um tipo de solo da região que era fértil e favorecia o cultivo da cana.

O engenho

Desenho de um engenho de açúcar colonial de tração animal, onde moía-se a cana para extrair o caldo que seria transformado em açúcar.

- Para se transformar em açúcar, a cana precisava ser processada em um lugar chamado engenho (ver livro p. 202-203).

- Uma parte essencial do funcionamento do engenho e das plantações era a mão de obra escrava. Escravizados africanos operavam tanto o processamento quanto o plantio da cana.

Revoltas e fugas eram meios comuns de fugir da vida deplorável nas plantações, fazendo com que trabalhadores especializados na repressão e controle desses escravizados fossem necessários (capataz, contramestre, mestre de açúcar). Mesmo assim, fugas e revoltas continuavam a ocorrer, e muitos dos escravizados que conseguiam se libertar se reuniam em quilombos (ver livro p. 208-209).

A invasão holandesa

Pintura representando a Batalha dos Guararapes, conflito entre a aliança de portugueses, brasileiros e indígenas e os holandeses que encerrou o domínio holandês em Pernambuco. Victor Meirelles, séc. XIX.

- Com a União Ibérica (1580-1640) – que ocorre após uma crise de sucessão do trono português – os reinos de Portugal e Espanha se uniram sob o mesmo monarca. Isso fez com que os problemas enfrentados pela Espanha também passassem a ser problemas de Portugal e, por consequência, do Brasil.

- Um desses problemas foi a Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648), aonde os Países Baixos (Holanda) lutaram por sua independência da Espanha. Parte do conflito envolveu uma invasão holandesa ao Brasil, direcionada para a capitania de Pernambuco.

- O domínio holandês na região de Pernambuco (1630-1654) trouxe avanços para a região. Construções e melhorias de infraestrutura, incentivo às artes e à ciência, tolerância religiosa e racial foram alguns dos pontos positivos da administração holandesa (ver livro p. 206-207).

- Os holandeses foram expulsos durante a Insurreição Pernambucana, uma guerra travada por portugueses, pernambucanos e indígenas contra os holandeses.

O declínio da economia açucareira

- O domínio holandês de Pernambuco quebrou a exclusividade portuguesa da produção de açúcar. Quando expulsos, levaram consigo algumas mudas e o conhecimento necessário para iniciar a produção açucareira em outros lugares.

- O Caribe (colônias inglesas, francesas e holandesas) logo ultrapassou a produção brasileira de cana de açúcar, gerando queda de preços e a decadência do ciclo açucareiro no Brasil.

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