4° BIMESTRE – UNIDADE I – TÓPICO I – CICLO DO PAU-BRASIL (SÉCULOS XVI-XVII)
Mapa do Brasil, de Giacomo Gastaldi e Giovanni Batista Ramusio (1556). No mapa é representada a extração do pau-brasil com uso de mão-de-obra indígena e o escambo com os europeus.
→ O começo da colonização
- Após a “descoberta” do Brasil, começaram os esforços europeus de colonização e exploração do território, de maneira lenta e gradual.
- Construção de feitorias (postos comerciais fortificados) ao longo da costa. Essas feitorias serviam tanto como ponto de comércio quanto como defesa contra os interesses de outros europeus (ver livro p. 191).
⬪ Apesar de ser território português, era de interesse de outros europeus explorar os recursos naturais do Brasil. Conflitos e invasões ocorreram mais de uma vez, como veremos adiante.
→ A extração do pau-brasil
- O pau-brasil era o recurso natural mais desejado pelos europeus no nosso território. De sua madeira avermelhada era extraído um pigmento muito valorizado na Europa.
- Por estarem espalhadas por toda a Mata Atlântica, encontrar as árvores de pau-brasil era um trabalho difícil, que dependia do conhecimento dos indígenas de seu território.
⬪ Isso fez com que os portugueses dependessem dos indígenas para a extração dessa madeira.
⬪ Após ser extraída pelos indígenas, a tora de madeira era levada até a feitoria e adquirida através do escambo: a troca por outros produtos como facas, ferramentas, espelhos e roupas.
⬪ A exploração desenfreada do pau-brasil e os primeiros séculos de colonização foram catastróficas para a Mata Atlântica, que hoje cobre apenas 12,4% do seu território original.
- Além do pau-brasil, os europeus também tinham interesse em outros produtos como a farinha de mandioca (produzida pelos indígenas) e animais como araras e macacos.
→ As capitanias hereditárias
Mapa representando as Capitanias Hereditárias, primeiro sistema de distribuição de terra do Brasil colonial.
- Foram a primeira tentativa de colonização portuguesa no Brasil.
- Eram grandes lotes de terra doados pela monarquia portuguesa a nobres, que eram chamados de donatários. Seu dever era colonizar a região e torná-la produtiva. Nem todos obtiveram sucesso.
- Os capitães donatários eram autoridade máxima no seu território, e apenas deviam um imposto (dízimo) à Coroa.
- Apesar de algumas capitanias como Pernambuco, Porto Seguro, São Vicente e Ilhéus terem “dado certo” (principalmente pelo plantio de cana-de-açúcar), o sistema de capitanias foi abolido 16 anos após sua criação.
→ O Governo-geral
Pintura representando a cidade de Salvador, sede do Governo-geral, de John Ogilby (1671).
- Foi criado para substituir o sistema das Capitanias Hereditárias, com objetivo de centralizar a administração da colônia e torná-la mais lucrativa.
- Era comandado pelo governador-geral e outros funcionários (ver livro p. 194) a partir da capital da colônia.
- Começa com a chegada de Tomé de Sousa e sua expedição em 1549, acompanhado de aproximadamente mil pessoas, que construíram a cidade de Salvador. Também vieram nessa expedição os primeiros jesuítas.
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